Miro teu espelho d'alma, trêmulo de pranto, derramar de águas tão salgadas, rasas, onde eu não vou me afogar. Fita o laço que a solidão teimou em dar em minha consciência tensa que não pensa em talvez te perdoar.
E até quando vou ter que esperar uma palavra pra vir despertar um sentimento que venha compor minha sensatez?
Do meu coração no peito afoito saem melodias turvas, desbotadas, onde encravo a clave grave e clara fá. Num pomar de frutas tão de vez em quando eu reconheço quando um erro me condena à pena de morrer de tanto amar.
Quaresma - Tiago E.
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